
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Reintegrados
Mais de três anos após terem cessado o mandato autárquico, os ex-vereadores socialistas da Câmara de Abrantes Pina da Costa e Isilda Jana solicitaram o subsídio de reintegração a que têm direito face à legislação em vigor no início do anterior mandato autárquico (Outubro de 2005) e já revogada nesse aspecto específico. Cada um vai receber o valor correspondente a 11 meses do salário (o limite máximo permitido) que auferiam no final do anterior mandato como vereadores a tempo inteiro, que era de cerca de 2.750 euro mensais. Ou seja, embolsam agora cerca de 30 mil euros cada. Para além do tempo já decorrido sobre a data em que cessaram as funções autárquicas, a situação encerra ainda outras curiosidades porque ambos os contemplados, embora tenham solicitado o subsídio de reintegração, não regressaram à sua actividade profissional como professores, continuando ao serviço da autarquia em cargos de nomeação política supostamente bem remunerados. João Pina da Costa é presidente do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Abrantes e Isilda Jana, ex-presidente da concelhia socialista de Abrantes, é coordenadora do projecto do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte que o município quer implantar na cidade. Na reunião do executivo onde o assunto foi debatido, apenas a maioria socialista votou favoravelmente às pretensões dos ex-vereadores. O vereador do ICA absteve-se e os dois vereadores do PSD votaram contra, apresentando uma declaração de voto onde criticam Pina da Costa e Isilda Jana bem como a lei que permitiu este tipo de benesses aos titulares da classe política. Os vereadores social-democratas Santana-Maia e Belém Coelho consideram a situação “absurda”, até porque “o executivo camarário, com os votos contra dos vereadores eleitos pelo PSD, tratou de os reintegrar de imediato em cargos criados à sua medida”. In Mirante BC |
sábado, 1 de dezembro de 2012
Primeiro de Dezembro, sempre!
Primeiro de Dezembro, sempre!
A bestialidade cega e insensível do Governo P. Coelho chegou ao ponto de eliminar a comemoração oficial de um dos mais importantes símbolos identitários da nação portuguesa – o Primeiro de Dezembro, data que assinala a restauração da independência nacional em 1640.
É mais uma demonstração da capitulação do governo da direita coligada. Da desistência. E da inevitável tentativa que se lhe seguirá de reescrever a história. O que não deixa de ser irónico, porquanto a direita portuguesa sempre se arvorou na defensora da tradição histórica do país…
É chocha a justificação económico-financeirista para acabar com o feriado que assinalava um dos mais épicos momentos da história de Portugal. Aliás, cheira mais a retaliação e a castigo sobre o povo, que a qualquer outra coisa.
Para que estes senhores que nos governam não se esqueçam:
Sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III assediaram o país durante vinte oito anos, sucessivamente vencidas pelo lado português: Montijo (1644), Arronches (1653), Linhas de Elvas (1659), Ameixial (1663), Castelo Rodrigo (1664) Montes Claros (1665). A paz entre os dois reinos da península só voltaria em 1668. Foram anos de guerra, dificuldades e isolamento.
Se para esta gente que nos governa este acontecimento histórico não merece recordação, o que é que merecerá?
Carlos Anjos in Praça de Bocage, com a devida vénia
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