domingo, 27 de janeiro de 2013
Abrantes apostólica
Face à evolução dos últimos acontecimentos na Igreja Abrantina, não há melhor que a sátira para explicar as coisas....
Elementar, minha cara Ana, diria o Pároco
Bernardo Meireles
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Reintegrados
Mais de três anos após terem cessado o mandato autárquico, os ex-vereadores socialistas da Câmara de Abrantes Pina da Costa e Isilda Jana solicitaram o subsídio de reintegração a que têm direito face à legislação em vigor no início do anterior mandato autárquico (Outubro de 2005) e já revogada nesse aspecto específico. Cada um vai receber o valor correspondente a 11 meses do salário (o limite máximo permitido) que auferiam no final do anterior mandato como vereadores a tempo inteiro, que era de cerca de 2.750 euro mensais. Ou seja, embolsam agora cerca de 30 mil euros cada. Para além do tempo já decorrido sobre a data em que cessaram as funções autárquicas, a situação encerra ainda outras curiosidades porque ambos os contemplados, embora tenham solicitado o subsídio de reintegração, não regressaram à sua actividade profissional como professores, continuando ao serviço da autarquia em cargos de nomeação política supostamente bem remunerados. João Pina da Costa é presidente do conselho de administração dos Serviços Municipalizados de Abrantes e Isilda Jana, ex-presidente da concelhia socialista de Abrantes, é coordenadora do projecto do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte que o município quer implantar na cidade. Na reunião do executivo onde o assunto foi debatido, apenas a maioria socialista votou favoravelmente às pretensões dos ex-vereadores. O vereador do ICA absteve-se e os dois vereadores do PSD votaram contra, apresentando uma declaração de voto onde criticam Pina da Costa e Isilda Jana bem como a lei que permitiu este tipo de benesses aos titulares da classe política. Os vereadores social-democratas Santana-Maia e Belém Coelho consideram a situação “absurda”, até porque “o executivo camarário, com os votos contra dos vereadores eleitos pelo PSD, tratou de os reintegrar de imediato em cargos criados à sua medida”. In Mirante BC |
sábado, 1 de dezembro de 2012
Primeiro de Dezembro, sempre!
Primeiro de Dezembro, sempre!
A bestialidade cega e insensível do Governo P. Coelho chegou ao ponto de eliminar a comemoração oficial de um dos mais importantes símbolos identitários da nação portuguesa – o Primeiro de Dezembro, data que assinala a restauração da independência nacional em 1640.
É mais uma demonstração da capitulação do governo da direita coligada. Da desistência. E da inevitável tentativa que se lhe seguirá de reescrever a história. O que não deixa de ser irónico, porquanto a direita portuguesa sempre se arvorou na defensora da tradição histórica do país…
É chocha a justificação económico-financeirista para acabar com o feriado que assinalava um dos mais épicos momentos da história de Portugal. Aliás, cheira mais a retaliação e a castigo sobre o povo, que a qualquer outra coisa.
Para que estes senhores que nos governam não se esqueçam:
Sucessivas tentativas de invasão dos exércitos de Filipe III assediaram o país durante vinte oito anos, sucessivamente vencidas pelo lado português: Montijo (1644), Arronches (1653), Linhas de Elvas (1659), Ameixial (1663), Castelo Rodrigo (1664) Montes Claros (1665). A paz entre os dois reinos da península só voltaria em 1668. Foram anos de guerra, dificuldades e isolamento.
Se para esta gente que nos governa este acontecimento histórico não merece recordação, o que é que merecerá?
Carlos Anjos in Praça de Bocage, com a devida vénia
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
O partido de Abrantes
Regresso às lides
Este blogue esteve parado durante demasiado tempo.
Motivos profissionais e cívicos impediram que o projecto avançasse.
É altura de o concretizar, fiel ao mote dum título fundado por Solano de Abreu.
Queremos ser um agente activo na discussão cívica sobre os problemas abrantinos.
Não seremos neutros, nem coniventes.
Tomaremos partido.
O partido de Abrantes.
Doa a quem doer.
Portanto a partir de agora, contem com uma nova voz.
Independente, activa, e polémica.
Bernardo Meireles.
Este blogue esteve parado durante demasiado tempo.
Motivos profissionais e cívicos impediram que o projecto avançasse.
É altura de o concretizar, fiel ao mote dum título fundado por Solano de Abreu.
Queremos ser um agente activo na discussão cívica sobre os problemas abrantinos.
Não seremos neutros, nem coniventes.
Tomaremos partido.
O partido de Abrantes.
Doa a quem doer.
Portanto a partir de agora, contem com uma nova voz.
Independente, activa, e polémica.
Bernardo Meireles.
domingo, 23 de maio de 2010
Francisco Solano de Abreu
TERÇA-FEIRA, 11 DE AGOSTO DE 2009
Francisco Solano de Abreu
Nesta série de “notas biográficas” sobre figuras ribatejanas já desaparecidas, ainda não tínhamos referido nenhum abrantino, o que vamos fazer hoje.
Personagem plurifacetada, distinguiu-se acima de tudo pelo que realizou em favor da sua terra natal.
O Dr. Francisco Eduardo Solano de Abreu nasceu em Abrantes no dia 19 de Julho de 1858, sendo filho de D. Leonor Emília de Abreu e do Dr. Francisco Rodrigues de Abreu, médico que exerceu clínica no concelho durante vários anos.
Quando estudante de Direito em Coimbra, pertenceu ao grupo “Anda à Roda”, sendo o grande animador da fundação de alguns jornais académicos, como “A Porta Férrea”, “Coimbra em Fralda” e outros.
É bem cedo que se revela a sua vocação para as letras.
Em Coimbra escreveu a revista “No País das Arrufadas” (1882), em que faz uma crítica leve e correctíssima à vida dos lentes e para a récita do seu 5º Ano Universitário, “O Charivari”, peça em três actos.
Entretanto, e ainda estudante, juntamente com um amigo, funda, em 1884, o “Correio de Abrantes”, o primeiro semanário que ali se publicou, ainda que de curta duração (1887). Logo a seguir, cria outro (1888), ligado igualmente a um amigo e intitulado “A Nova” que cessou em 1890.
Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1885, abrindo banca de advogado na sua terra natal.
Filiou-se no Partido Progressista que pouco tempo depois abandona.
Colabora na imprensa diária: “Correio da Noite” e “Diário Popular”.
Foi Administrador do Concelho e Subdelegado do Procurador Régio na Comarca e Juiz Substituto.
Em 1908 era Presidente da Câmara Municipal, lugar em que se manteve até à implantação da República.
A sua dedicação à Assistência e Beneficência na terra natal, considerada a sua maior faceta, originou ter recebido o grau de Comendador da Ordem de Benemerência e a medalha de Mérito, Filantropia e Generosidade.
Pertenceu aos corpos gerentes do Montepio Abrantino Soares Mendes, desenvolvendo intensa actividade em sua defesa e organizando várias diversões no sentido de adquirir fundos.
Criou nele uma farmácia privativa, contribuindo ele próprio com elevada quantia para o efeito.
Em 1905 fundou o Sindicato Agrícola de Abrantes, de que foi presidente.
É provedor da Santa Casa da Misericórdia durante muitos anos, criando no Hospital do Salvador, que dela dependia, o “banco” e fez construir a sala de operações, maternidade e outras instalações.
O Dr. Solano de Abreu também ajudou a fundar a “Sopa dos Pobres”.
Por sua iniciativa erigiram-se na cidade os monumentos a dois abrantinos que se destacaram, o General Avelar Machado, nas armas e na política e a Francisco Taborda, mais conhecido simplesmente por actor Taborda, um predestinado para o teatro.
Após a Proclamação da República o Dr. Solano de Abreu tomou a direcção da sua casa agrícola. Dedicando-se ao fabrico de manteiga, considerada de excelente qualidade, levou-o a publicar o “Tratado Prático do Fabrico de Manteiga” e a participar em vários congressos de agricultura em Portugal e em Espanha.
Faleceu na sua casa de Vale de Roubam, em 27 de Abril de 1941, sem deixar descendentes.
Publicou: Palestras Literárias. Série de discursos; Amorosas (1906),Um Anjo sem Asas, Maltrapilhos e Mulher Purificada, romances;Doutrina Santa, Irmã da Caridade, Madrugada Redentora (1909) e Do Alto da Cruz (1924), peças teatrais, além dos trabalhos que já referimos.
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Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira
Vida Ribatejana, nº Especial de 1961.
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